Após a prévia de
Apocalipse pegando como referência Mateus 24. Vamos entrar mais um
pouco no Livro de Apocalipse.
O texto de Introdução foi pesquisado na Bíblia de Estudo MARCATUR – Tradução de Almeida Revista e Atualizada.
Introdução
Título –
Em português, o nome desse livro é “Apocalipse”, sendo também
chamado de “Revelação de Jesus Cristo”, segundo as palavras
inicias do livro ( 1.1). “Revelação” ( em grego, apokalypsis)
Significa “desocultamento”, “desvendamento” ou
“manifestação”. No NT, essa palavra descrever o desvendamento
da verdade espiritual (RM 16:25; Gl 1.12; Ef 1.17; 3.3), a revelação
dos filhos de Deus (Rm 8.19), a encarnação de Cristo (Lc 2.32) e o
seu glorioso aparecimento na sua segunda vinda visível (2Ts 1.7; I
Pe 1.7). Em todos os seus sentidos, “revelação” se refere
somente a alguma coisa ou a alguém que, anteriormente oculto, se
torna visível. O que esse livro revela ou desvenda é Jesus Cristo
em glória. Verdades a respeito Dele e sua vitória final, às quais
o restante da Escritura apenas alude, se tornam claramente visíveis
por meio da revelação de Jesus Cristo. Essa Revelação foi dada a
Cristo por Deus Pai e Comunicada ao apóstolo João por um anjo
(1.1).
Autor e Data – Quatro vezes o autor se identifica como sendo João ( 1.1,4,9; 22.8). A tradição antiga unanimente o identifica como o apóstolo João, autor do quarto Evangelho e de três epístolas. Por exemplo, importantes testemunhas da autoria de João incluem Justino Mártir(100-165), Irineu(130-202), Clemente de Alexandria(150-215) e Tertuliano(160-220). Muitos dos leitores originais do livro ainda se encontravam vivos durante o tempo em que Justino Mártir e Irineu vivam – ambos os quais defenderam a autoria apostólica.
Há diferenças de estilo entre o Apocalipse e outras obras de João, mas são insignificantes e não impedem o fato de um homem ter escrito ambos. Na verdade, há alguns paralelos impressionantes entre Apocalipse e outras obras de João. Somente o Evangelho de João e Apocalipse se referem a Jesus Cristo como o Verbo (19.13; Jo 1.1). Apocalipse (1.7) e o Evangelho de João (19.37) traduzem Zc 12.10 de modo diferente da Septuaginta, mas estão de acordo entre si. Somente o Evangelho de João e Apocalipse descrevem Jesus como o Cordeiro (5.6,8; Jo 1.29); ambos descrevem Jesus como uma testemunha ( 1.5; Jo 5.31-32).
Apocalipse foi escrito na última década de século 1º ( 94-96 d.C), próximo do final do reinado do imperador Domiciano (81-96 d.C). Embora alguns datem o livro durante o reinado de Nero (54-68 d.C), seus argumentos não são convincentes e conflitam com o ponto de vista da igreja primitiva. Escrevendo durante o século 2º, Irineu declarou que Apocalipse tinha sido escrito próximo do final do reinado de Domiciano. Escritores posteriores, tais como Clemente de Alexandria, Orígenes, Vitorino( que escreveu um dos primeiros comentários sobre o Apocalipse), Eusébio e Jerônimo sustentam a data Domiciana.
O declínio espiritual das sete igrejas (cap. 2-3) também sustenta uma data posterior. Essas igrejas estavam fortes e espiritualmente saudáveis em meados de 60, quando Paulo trabalhou por último na Ásia Menor. O breve período de tempo entre o ministério de Paulo ali e o fim do reinado de Nero foi curto demais para que ocorresse declínio tão acentuado. Um período de intervalo mais extenso também explica o surgimento de seita mencionada nas cartas de Paulo, nem mesmo em relação a uma ou mais dessas mesmas igrejas (Efésios). Finalmente, datar Apocalipse durante o reinado de Nero não permite tempo para o ministério de João na Ásia Menor atingir o ponto em que as autoridades sentissem a necessidade de exilar o apóstolo.
Pano de Fundo – Apocalipse começa com João, o último apóstolo sobrevivente e homem idoso, exilado na pequena e desabitada ilha de Patmos, localizada no mar Egeu, a sudoeste de Éfeso. As autoridades romanas haviam banido o apóstolo para lá por causa de sua fiel pregação do evangelho (1.9). Enquanto em Patmos, João recebeu uma série de visões que expuseram a história futura do mundo.
Quando foi preso,
João estava em Éfeso, ministrando às igrejas dali e aas cidades
das redondezas. Procurando fortalecer as congregações, João não
teve mais condições de ministrar a elas em pessoa e, seguindo o
mandamento divino (1.11), endereçou Apocalipse às mesmas (1.4). As
igrejas tinham começado a sentir os efeitos da perseguição; pelo
menos um homem – provavelmente um pastor – já tinha si9do
martirizado (2.13), e o próprio João havia sido exilado. Mas a
tempestade da perseguição estava por manifestar-se com plena fúria
às sete igrejas tão queridas ao coração do apóstolo (2.10). A
essas igrejas, Apocalipse forneceu uma mensagem de esperança: Deus
está no controle soberano de todos os acontecimentos da história
humana; embora muitas vezes o mal e poderosos homens perversos
pareçam dominar, o final deles é certo. Cristo virá em glória
para julgar e reinar.
Temas Históricos e Teológicos – Uma vez que Apocalipse é primariamente profético, esse livro contém pouco material histórico, com exceção dos caps. 1-3. As sete igrejas a quem as cartas foram endereçadas localizavam-se na Ásia Menor ( atual Turquia). Aparentemente, elas foram escolhidas porque João havia ministrado às mesmas.
Apocalipse é, em primeiro lugar, uma revelação sobre Jesus Cristo (1.1).às igrejas(1.10ss.), como “a fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra” (1.5), como o “Alfa e o Ômega” (1.8), “aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (1.8), como “um semelhante a filho do homem” (1.13), como aquele que estava morto, mas eis que está vivo pelos séculos dos séculos (1.18), como “o Filho de Deus” (2.18), como aquele que é santo e verdadeiro (3.7), como “ o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (3.14), como “ o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Jessé” (5.5), como “o Cordeiro” no céu, abrindo com autoridade os selos dos títulos de posse da terra (6.1ss.), como “o Cordeiro que se encontra no meio do trono” (7.17), como o Messias que reina para sempre (11.15), como “o primeiro e o último” (1.17), como “ o Verbo de Deus” (19.13), como o majestoso Rei dos reis e Senhor dos senhores, retornando em esplendor e glória para conquistar os seus inimigos em esplendor e glória para conquistar os seus inimigos (19.11ss.) e como “a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (22.16).
Muitos outros temas teológicos encontram expressão em Apocalipse. A igreja é alertada a respeito do pecado e exortada à santidade. As imagens vívidas usadas por João para descrever o culto no céu exortam e instruem os crentes. Em poucos livros da Bíblia o ministério dos anjos é tão proeminente. A contribuição teológica principal de Apocalipse é para a escatologia, ou seja, a doutrina das últimas coisas. Nele podemos aprender a respeito:
1 - da configuração política final
do mundo;
2- da última batalha na história humana;
3- Da carreira e
da derrota definitiva do anticristo;
4- Do reinado terreno de mil
anos de Cristo;
5- Das glórias no céu e do estado eterno e do
estado final dos ímpios e dos justos.
6- A declaração de que Deus
providencialmente reina sobre os reinos dos homens e realizará os
seus propósitos soberanos, independentemente de oposição humana ou
demoníaca, sendo que apenas o livro de Daniel compete com
Apocalipse quanto a esta declaração.
Dificuldade de Interpretação – Nenhum outro livro do NT apresenta dificuldades de interpretação mais sérias e difíceis do que Apocalipse. As imagens vívidas e o impressionante simbolismo do livro produziram quatro abordagens principais.
1 – Abordagem Preterista – Interpreta Apocalipse como uma descrição dos acontecimentos do século 1º durante o Império Romano. Esse ponto de vista conflita com a declaração muitas vezes repetida no próprio livro de ser profecia (1.3; 22.7, 10, 18-19). É impossível ver todos os acontecimentos de Apocalipse como já cumpridos. A segunda vinda de Cristo, por exemplo, obviamente não ocorreu no século 1º.
2- Abordagem Histórica – Encara Apocalipse como uma visão panorâmica da história da igreja a partir da era dos apóstolos até o presente – vendo no simbolismo dos acontecimentos como as invasões bárbaras de Roma, o surgimento da Igreja Católica Apostólica Romana ( bem como vários papas, individualmente), a emergência do islamismo e a Revolução Francesa. Esse método de interpretação tira de Apocalipse todo significado para aqueles a quem foi escrito. Igualmente ignora as limitações de tempo do livro que ele próprio coloca no desdobramento dos acontecimentos (cf. 11.2; 12.6,14; 13.5). O historicismo tem produzido muitas interpretações diferentes – e muitas vezes conflitantes – dos verdadeiros acontecimentos históricos contidos em Apocalipse.
3- Abordagem Idealista – Interpreta Apocalipse como uma descrição infinita da luta cósmica entre as forças do bem e do mal. Esse ponto de vista também ignora o caráter profético de Apocalipse e , se levada à sua conclusão lógica, esvazia o livro de qualquer ligação com acontecimentos históricos reais. Apocalipse então se torna meramente uma coleção de histórias com o objetivo de ensinar verdades espirituais.
4- Abordagem Futurista – Insiste em que os acontecimentos dos cap.s 6-22 ainda se encontram no futuro, e que esses capítulos, de modo literal e simbólico, retratam pessoas reais e acontecimentos que ainda estão por aparecer no cenário do mundo. Descreve acontecimentos em torno da segunda vinda de Jesus Cristo (caps. 6-19), o milênio e o juízo final (cap. 20) e o estado eterno (caps. 21-22). Somente essa visão faz justiça à reivindicação de Apocalipse de ser profecia e interpreta o livro pelo mesmo método gramatical-histórico que os caps. 1-3 e o restante da Escritura.
Esboço
I – As coisas
que tens visto (1.1-20)
- Prólogo (1.1-8)
- A visão de Cristo glorificado (1.9-18)
- A comissão do apóstolo para escrever (1.19-20)
II – As coisas
que são (2.1 – 3.22)
- A carta à igreja de Éfeso (2.1-7)
- A carta à igreja de Esmirna (2.8-11)
- A carta à igreja de Pérgamo (2.12-17)
- A carta à igreja de Tiatira (2.18-19)
- A carta à igreja de Sardes (3.1-6)
- A carta à igreja de Filadélfia (3.7-13)
- A carta à igreja de Laodicéia (3.14-22)
III – As coisas
que acontecerão (4.1 – 22.21)
A. Adoração no
céu (4.1 – 5.14)
B. A grande
tribulação (6.1 – 18.24)
C. O retorno do
Rei (19.1-21)
D. O milênio
(20.1-10)
E. O grande
trono branco do juízo (20.11-15)
F. O estado
eterno (21.1 – 22.21)
Glórias a Deus aleluias!
Que a graça do Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus, ilumine e nos fortaleça no Caminho do SENHOR!
Jesus Cristo te Ama!
Ele é o Caminho e a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai se não for através, unicamente, de Jesus Cristo. (JO 14:6).
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Soberano Deus e Eterno Pai! Entro em sua presença nesta hora, para pedir que abençoe essa pessoa que está orando comigo, Nas áreas: física, financeira, espiritual, conjugal, sentimental e familiar. Pai! Se por algum motivo, o inimigo estiver tramando algo, para atrapalhar os planos e sonhos dessa pessoa que é tão importante pra ti e para mim!
Nessa hora seja desfeito todo mal; em nome do Senhor Jesus Cristo; envia anjos ao redor da vida dela, e faz dela mais que vencedora...
Para que o nome do senhor seja glorificado através dessa oração.
( 1TIMÓTEO cap2- 1 ao 6 )